Este trabalho tem como objetivo verificar o desenvolvimento dinâmico da fala por um
aprendiz paraibano de inglês (L2), mediante uma análise longitudinal. O foco de
investigação é a duração vocálica em pares mínimos encerrados por oclusivas vozeadas
vs. não vozeadas do inglês (como em [mæd/mæt]). O mapeamento longitudinal dos
dados ocorreu mediante uma janela de tempo de 10 meses, com escala quinzenal,
totalizando 24 pontos de coleta. O participante recebeu instrução explícita acerca da
duração vocálica maior quando a vogal precede a oclusiva vozeada, em detrimento da
não vozeada. A metodologia de coleta de dados foi delineada como A-B-A, em que A
representa períodos sem instrução (da coleta 1 até a coleta 8; da coleta 17 até a coleta
24) e B representa o período com instrução (da coleta 9 até a coleta 16). Como
instrumento dessas coletas, o participante fez leitura de frases-veículo (I say mat boldly,
por exemplo), em que a penúltima palavra é o item-alvo. O trabalho tem como base a
Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos e sua visão de desenvolvimento da L2
(BECKNER et al., 2009; DE BOT et al., 2013; DE BOT, 2017; LARSEN-FREEMAN,
2017; YU, LOWIE, 2019; LOWIE, VERSPOOR, 2019). Os resultados do estudo
buscam trazer contribuições acerca do desenvolvimento linguístico da L2 visto sob uma
forma dinâmica e não linear.
Palavras-chave: Duração vocálica precedente a oclusivas. Desenvolvimento dinâmico
da L2. Variedade paraibana. Instrução explícita